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PAIS E EDUCADORES DE UM POSSÍVEL DISCALCÚLICO: CALMA!


Uma vez reconhecida e diagnosticada a Discalculia do Desenvolvimento, outra batalha começa a ser travada. A luta pelo “resgate” do que se perdeu e a busca quase insana por resultados imediatos. Os profissionais são cobrados por família, escola e pelo próprio discalcúlico, pois existe um anseio pela solução eficaz e rápida do problema. Outra demanda frequente é pela reintegração completa do estudante junto ao grupo, quase que magicamente, como se, a partir do tratamento, este já estivesse em condições de alcançar o nível da maioria.

Devemos nos lembrar que o ser humano desenvolveu a mensuração do mundo, os estudos das formas e dos números a partir do equipamento intelectual, psicológico e neurológico que possui a maioria das pessoas. Mas, não todas. Se há diferenças no instrumental neurológico de certos indivíduos, que o impeçam de lidar com quantidades, relações, comparações etc, esses deverão compensá-las ou criar novos caminhos. É um equívoco muito grande pensar-se que um discalcúlico poderá fazer matemática como alguém que não apresenta esse distúrbio. O próprio tratamento consiste numa busca de caminhos alternativos àquilo que o estudante recebeu ao longo da sua vida escolar – e que, obviamente, não funcionou.

A vida do portador de discalculia pode ser muito feliz e produtiva, inclusive com a possibilidade de realizar estudos e trabalhos que dependam da Matemática. Entretanto, este construirá – amparado pelos profissionais que o auxiliarem – caminhos e métodos seus, a partir da realidade que vivenciar e da dinâmica que puder constituir. E trata-se de um caminho bastante árduo e longo. Assim, as pessoas que apresentam tal distúrbio, e aquelas que estão envolvidas com ela – pais, educadores e profissionais -, devem ter em mente que deverão percorrer este tipo de trajetória, pois as coisas não acontecem por mágica. Tudo deve ocorrer dentro do tempo que for o melhor para as partes envolvidas, pois as participações são igualmente importantes. Nada é tão recomendável, neste caso, quanto a calma. Calma e paciência!

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